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Uso e fornecimento de leite em fórmula é reduzido após trabalho de apoio ao aleitamento materno em Alto Araguaia


Por Réulliner Rodrigues | Assecom AIA

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Uso e fornecimento de leite em fórmula é reduzido após trabalho de apoio ao aleitamento materno em Alto Araguaia

O incentivo, conscientização e orientações quanto a importância do aleitamento materno, reduziu a procura por leite em fórmula oferecido gratuitamente com receita médica pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seads) em Alto Araguaia (415km de Cuiabá). O resultado é do trabalho executado pelo Comissão de Apoio ao Aleitamento Materno (CAAM), junto ao Programa Municipal Cegonha Araguaiense e com apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Em 2017, antes da criação do programa, 54 bebês de 0 a 6 meses eram atendidos com auxílio de leite em pó. Com a implantação do CAAM, em 2018, o atendimento reduziu para 35, enquanto que em 2019 apenas três crianças receberam leite em pó. Atualmente, o projeto de apoio acolhe cerca de 80 mulheres, entre gestantes e lactantes (mulher que amamenta). Já a assistência com leite em fórmula neste ano atende três crianças, conforme dados do final de julho.

De acordo com as Secretarias, a demanda de receitas médicas para leite em fórmula era considerada alta, onde cada criança cadastrada recebe três latas de leite em pó por mês. A procura foi revertida com os projetos implantados no município. Ao buscar atendimento, os médicos orientam as mães e acionam a Comissão de Apoio ao Aleitamento Materno para acompanhamento.

A presidente do CAAM, fonoaudióloga Shirley Lopes, comenta que sem apoio as mulheres desistiam facilmente da amamentação. Ela destaca que o processo é contínuo e árduo. “Estamos atuando para diminuir também na faixa etária de seis a doze meses e de doze meses há dois anos. Nosso objetivo é que a criança cresça forte e saudável em todas as fases”, explica. Shirley pontua ainda que o programa segue as diretrizes orientadas pelo Ministério da Saúde. “Acolhemos, conscientizamos e mudamos a visão de muitas mulheres. Elas passaram a compreender a importância em alimentar diretamente do peito”, comemora.

Para a secretária de Assistência Social, Priscila Dourado Martins, que amamentou seu filho até um ano e sete meses, o trabalho colabora para o desenvolvimento saudável e a redução de doenças nas crianças. “As mães estão se conscientizando cada vez mais que o leite materno é melhor. Os projetos trouxeram benefícios para elas, para as crianças e para o município, uma vez que contribuiu na economia de compra de leite em pó”, destaca.

O prefeito Gustavo Melo elogiou a atuação das Secretarias e servidores. “Os programas e ações implantados pensados na comunidade, trazem benefícios. Inovamos mais uma vez e não só economizamos na compra de leite em fórmula, mas investimos na saúde e prevenção à vida. Reduzimos também o número de crianças que adoeceram com alergia e infecções diversas, além da demanda de compra de medicamentos”, diz o gestor.

BENEFÍCIOS DO LEITE MATERNO – Conforme preconiza o Ministério da Saúde, as mães devem amamentar os filhos até dois anos ou mais e, de forma exclusiva, até os seis meses de vida. O leite materno reduz em até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças de até 5 anos, além de proteger de doenças como diarreia, alergias e infecções respiratórias. A amamentação materna reduz ainda o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.