Por Monique Esposito (Estagiária) | Assecom
Monique Espósito (Estagiária Assecom/AIA)
O município de Alto Araguaia (415 km de Cuiabá) recebeu neste final de semana 28 pesquisadores estrangeiros em expedição na Cachoeira Couto Magalhães. Recepcionados e conduzidos com apoio da Secretaria de Esportes, Cultura, Turismo e Lazer (Semel), o grupo da Alemanha, França, Argentina, Rússia, China, África do Sul, Bélgica, Austrália, Inglaterra e Estados Unidos, estudam o Domo do Araguainha. O ponto turístico, à 35 km do município, foi o primeiro ponto de visita em campo, visto pertencer ao local da maior cratera de impacto de meteorito da América do Sul, há 250 milhões de anos.
Conforme explica a doutoranda de Geologia pela Universidade de Brasília (UnB), Carolinna da Silva de Souza, a cratera sempre despertou o interesse de pesquisadores. Ela conta que a pesquisa do Domo teve início em março deste ano e veio acompanhar a expedição afim de coletar mais informações em seu estudo de mapeamento das rochas. Para a geóloga é entender como ela foi formada e em qual tempo e velocidade que o meteorito caiu. “Isso é importante para entender o processo da formação do Domo e ver qual a brecha promiliatica no momento em que foi formada, porque ela é composta por todo tipo de rocha da Bacia Paraná”, explicou.
Natalia Hauser, professora adjunta do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que a excursão foi oferecida após a VI Conferência Grande Impacto de Meteoritos e Evolução Planetária, com uma viagem de campo para conhecer a estrutura de impacto do Domo de Araguainha. A intenção, segundo ela, é de trazer os pesquisadores das áreas de geologia, minerologia, geogronologia, geofísica, geoquímica, geocronologos para que eles possam fazer contribuições para os estudos do Domo.
“A pesquisa está na fase de mapeamento. As pessoas que estão aqui são mais especificas nos trabalhos delas. Então precisamos delas para entender um pouco mais os termos específicos. Estamos em uma pesquisa mais geral agora”, ressalta.
Natalia e seu marido Wolf Uwe Reimold, também pesquisador, organizaram a conferência e a viagem de campo para o Domo de Araguainha. Desde 2012 quando conheceu o Domo ela se apaixonou pela estrutura de impacto e desde então traz vários estudantes da UnB de geologia para realizar mapeamento. A pesquisadora já chegou a passar 20 dias mapeando a parte interna da estrutura de impacto.
A coordenadora de turismo, Nelcy Pio Peron, considerou um momento importante e gratificante na luta pelo fomento e desenvolvimento do setor para o município. Para ela levar esses pesquisadores a conhecer um dos pontos turísticos faz com que acreditem e comecem a realizar investimentos nessa área. “A cachoeira Couto Magalhães é um dos pontos turísticos mais conhecido internacionalmente e que a nossa população não tem facilidade de acesso. Com apoio do prefeito Gustavo Melo vamos investir na infraestrutura turística de Alto Araguaia”, afirma.
Também acompanharam a expedição o secretário de Meio Ambiente João Dias, o ambientalista Nelsoney Marques e o servidor do Centro de Atendimento ao Empresário (CAE), Renato Rezende.