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Revisão de preços: economia na compra de medicamentos chega R$ 1,5 mi em Alto Araguaia


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Revisão de preços: economia na compra de medicamentos chega R$ 1,5 mi em Alto Araguaia
Alto Araguaia, MT - A situação dos terminais ferroviários em Alto Araguaia e Alto Taquari (Sul de Mato Grosso) permeou as discussões em encontro realizado na tarde desta quarta-feira (04/12). O foco do assunto foi discutir a ociosidade dos terminais e ações futuras para que os municípios não sejam penalizados com a perda de arrecadação, principalmente após a inauguração do Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR) em setembro passado, que provocou drástica na movimentação de descarga e carregamento de grãos, farelo, contêineres frigorificados e combustível. [caption id="attachment_25229" align="alignright" width="319"]DSC04321 Deputado estadual Nininho, prefeito Maia Neto e Francisco Vuolo durante a reunião em Alto Araguaia[/caption] O secretário extraordinário de Estado de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo; o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), prefeito Maia Neto (PR); o prefeito de Alto Taquari, Maurício Joel de Sá (PR) e vereadores locais participaram do encontro. As reuniões aconteceram no período da manhã em Alto Taquari e a tarde em Alto Araguaia. O propósito neste primeiro encontro foi unificar o diálogo entre os dois municípios sobre a situação dos terminais. As discussões iniciais levaram ao entendimento que será elaborado um documento com um completo raio-x sobre a situação antes, durante e após a chegada dos trilhos nos dois municípios. Outro contexto do relatório será uma abordagem sistematizada sobre as perspectivas para o futuro das duas cidades com a queda na arrecadação devido ao prolongamento dos trilhos até Rondonópolis, o que provocou queda na movimentação dos dois terminais no extremo Sul do Estado, sendo um na divisa com Goiás e outro na tríplice fronteira entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A concessão ferroviária em Mato Grosso é explorada pela empresa América Latina Logística (ALL), que possui quatro unidades ferroviárias no Estado: Alto Taquari; Alto Araguaia; Itiquira (numa parceria com a Seara) e o Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR). A ALL investiu R$ 880 milhões na construção da linha de Alto Araguaia até Rondonópolis e em um terminal da empresa dentro do complexo, obra que integra o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), do governo federal. O complexo tem 385,10 hectares de área, o equivalente a 900 campos de futebol e está localizado na rodovia BR-163, cerca de 28 quilômetros do centro de Rondonópolis. Com a inauguração do terminal de Rondonópolis, a movimentação nos terminais de Alto Araguaia, inaugurado em 2002, e Alto Taquari, em 2000, caiu acentuadamente. A grande preocupação das lideranças locais é com a queda de arrecadação, o que pode inviabilizar economicamente os dois municípios que promoveram grandes investimentos, principalmente nas áreas de saúde e educação, para receber o número de pessoas que vieram para a região vista como um novo eldorado em Mato Grosso com a chegada dos trilhos. [caption id="attachment_25234" align="alignleft" width="319"]DSC04329 Autoridades durante a reunião em Alto Araguaia que debateu a situação dos terminais ferroviários na região[/caption] “Nossa intenção é de buscar entendimento para reaquecer o movimento dos terminais para não perdemos receita. Nosso objetivo é de buscar mecanismos para mantermos a movimentação junto aos terminais. Os municípios de Alto Araguaia e Alto Taquari estão se organizando. Essa iniciativa dos prefeitos em buscar um entendimento é louvável. Quem ganha é a região como um todo, porque estes terminais reaquecendo o movimento na descarga e carregamento de grãos representará incremento de renda e geração de emprego”, destacou o prefeito de Alto Araguaia, Maia Neto (PR). O prefeito de Alto Taquari, 68 km de Alto Araguaia, Maurício Joel de Sá, destacou a parceria entre os dois municípios para deflagrar o movimento. “Fiquei muito otimista. O prefeito Maia Neto é uma grande liderança. Vamos juntos elaborar este documento da situação dos dois municípios em relação aos terminais. É uma parceria muito importante. Os terminais estão sob concessão da ALL e uma das alternativas é buscar a exploração pela iniciativa privada. Alto Araguaia sempre foi um grande embarcador de grãos e Alto Taquari de combustível. Empresas podem explorar essas estruturas já prontas”, disse. Francisco Vuolo classificou a reunião como “muito oportuna” e reforçou que o objetivo é fazer com que os terminais continuem cumprindo seu papel: o de fomentar a economia nos dois municípios e também nesta região do extremo Sul do Estado. “Neste sentido discutimos uma ação conjunta entre Governo do Estado, Assembleia Legislativa, prefeituras e setor produtivo para elaborar uma proposta de ação que envolva a ALL e o Governo Federal e possamos atrair empresas, fomentar a economia e garantir que os terminais continuem atendendo a demanda e o desenvolvimento econômico de toda região”, ressaltou o secretário, na ocasião representando o Governo de Mato Grosso. O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PR) destacou a união dos dois municípios para buscar uma solução a fim de reaquecer o movimentos nas duas unidades ferroviárias. “Como representante do Poder Legislativo, vamos fazer o possível para pelo menos minimizar este impacto. Estamos buscando alternativas para chegarmos ao Governo de Mato Grosso e buscar uma solução chamando a ALL para uma discussão. Uma das alternativas é desonerar o ICMS para atrair empresas para operar os terminais já prontos. É uma iniciativa louvável. O que se busca com essas discussões é um retorno econômico e social aos municípios”, apontou o deputado. Também participaram da reunião o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Indústria e Comércio de Alto Araguaia, Dimas Gomes Neto; os vereadores Wanderalques de Castro – presidente da Câmara - Marcos Aurélio, o Marquinhos (ambos do PR); Guilhermino Berigo, o Finega (PT) e Gustavo Melo (PSD).