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Alto Araguaia, MT – Um dia atípico na rotina. No lugar do gabinete uma sala de aula. Ao invés de atendimentos e reuniões, questionamentos em série. A quarta-feira (27/03) foi atípica para o prefeito Maia Neto (PR) do município de Alto Araguaia (415 km de Cuiabá). O gestor público foi o primeiro entrevistado do “Projeto Roda Viva”, uma sabatina proposta pelo Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) – campus local. A atividade faz parte de atividade proposta pela disciplina de Técnicas de Reportagem e Redação II.
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Prefeito Maia Neto durante sabatina na Unemat[/caption]
A sabatina lotou a sala do quarto semestre de jornalismo. Faltou, inclusive, espaço para quem chegou atrasado. Muitos acompanharam da janela e da porta os questionamentos. No âmbito geral foram mais de 40 alunos envolvidos nos questionamentos ou ouvindo atentamente. A mediação das perguntas foi conduzida pelo professor da disciplina, Gibran Lachowski. O prefeito Maia Neto chegou à sala por volta das 19h30 e de imediato postou-se para o centro da sala para início da atividade. Primeiramente o prefeito apresentou-se, fez uma rápida explanação de sua história pessoal e política. Logo em seguida foram abertas as perguntas. O primeiro questionamento foi da acadêmica do quarto semestre, Alessandra Rodrigues. O tema abordado foi a ponte sobre o Setor Castro, que dá acesso aos bairros Cohab, Boiadeiro e São Francisco de Assis.
As perguntas tiveram como tema assuntos da administração imbricados em áreas da saúde, educação, esporte, meio ambiente, saneamento básico, lazer e infraestrutura urbana. O prefeito explanou sobre obras que serão executadas em Alto Araguaia, como a recuperação das passarelas sobre o Rio Araguaia, melhoramento da iluminação da cidade, licitação de obras da MT-100 na próxima semana em Cuiabá, apoio à permanência do curso do jornalismo em Alto Araguaia, recuperação de pontes e estradas na zona rural entre outras ações que estão sendo desenvolvidas e outras que serão executadas tão logo o período chuvoso cesse.
O gestor afirmou aos acadêmicos que se considera padrinho do curso de jornalismo, implantado em Alto Araguaia durante seu terceiro mandato entre 2005/2008. A sabatina proposta pelo curso durou cerca de duas horas. Foram 20 perguntas de acadêmicos de vários semestres. Ao final, o prefeito agradeceu a oportunidade. “Quero reiterar o compromisso com o desenvolvimento de Alto Araguaia. Estamos a menos de três meses na administração e temos muito a fazer. Quero agradecer essa oportunidade de falar sobre nossas ações e projetos que vamos desenvolver em prol do desenvolvimento de Alto Araguaia”, disse.
O objetivo com a sabatina proposta pelo professor Gibran Lachowski foi fazer um treinamento junto aos estudantes em situações de entrevista. A avaliação da primeira atividade, de uma série de outras que serão desenvolvidas com outros convidados, foi positiva, segundo o professor.
“O prefeito Maia Neto é experiente, está no quarto mandato e sabe lidar com o público, o que foi desafiador. Percebemos uma boa desenvoltura dos estudantes, mas alguns problemas. Muitos estudantes pensam muito no seu dia-a-dia e nas questões que atingem a eles individualmente. Jornalismo é mais que o indivíduo. É o coletivo. Porém, é um processo. Acredito que pelo fato de ter sido a primeira foi muito boa. Foram boas indagações. Agiram como fiscais trazendo vários questionamentos. Os alunos desempenharam o papel do jornalista, que é perguntar pela sociedade”, percebeu o professor. A ideia é de repetir o treinamento de entrevista com outros convidados pelo menos uma vez ao mês.
O acadêmico Réulliner Rodrigues veio para Alto Araguaia em 2010 cursar jornalismo. Natural de Juara (Noroeste do Estado) avaliou a atividade como “proveitosa”. Para ele, foi uma tríade de intercâmbio entre acadêmicos, professores e o entrevistado. “O prefeito teve contato com a vivência acadêmica, entre as atividades desenvolvidas pelos alunos, professores e as deficiências que possuímos. Pode conhecer o que alguns alunos de outros Estados e cidades pensam a respeito de Alto Araguaia”, colocou o acadêmico.
